30 de abr. de 2013

Considerações acerca da desigualdade de gênero

Por:Angelo Cabral.*
*Angelo Cabral é estudante de Geografia da universidade Federal de Pernambuco, e estagiário no Serviço Geológico do Brasil o CPRM.


No que se refere à desigualdade de gênero, temos uma abordagem da Sociologia que abrange aspectos além do senso comum ou dos padrões estabelecidos sobre o assunto. Enquanto o Essencialismo trabalhava a ideia de que as diferenças anatômicas entre os gêneros levariam a um comportamento submisso das meninas e uma postura dominadora entre os meninos, dentro da perspectiva do construtivismo temos uma abordagem mais completa e sensata sobre o assunto. Basicamente o Construtivismo Social defende que a formação das pessoas dentro de sua cultura, ambiente familiar, organização política e padrões estabelecidos desenvolvem importante papel para a definição dos papéis de cada gênero na sociedade. Sendo assim, a submissão da mulher com relação ao homem não é algo recorrente em todos os períodos da humanidade. Dentro da Sociologia, considera-se a desigualdade como algo construído com o passar dos tempos e essa construção data desde 5.000 a.C.

Culturas mais antigas de povos que viviam da Velha Europa, por exemplo, nutriam uma cultura onde a igualdade entre gêneros era mais próxima da neutralidade. Dentro da religião, o Culto à deusas da fertilidade davam um papel mais digno às mulheres dentro de sua organização. Com as constantes guerras que ocorriam entre os povos, aqueles que tinham uma organização hierárquica que cultuavam a força e as guerras, geralmente possuíam uma desigualdade maior entre gêneros dando mais importância ao homem. Esses povos dominavam as culturas mais fracas disseminando seus preceitos tanto políticos como religiosos e com o tempo essa desigualdade entre homens e mulheres foi se espalhando devido a dominações de guerras e imposição de culturas machistas.

Além disso, temos o aspecto econômico dos povos antigos voltados para a agricultura. Na qual, as mulheres acabaram sendo desvalorizadas devido as suas limitações por gravidez, amamentação e cuidado com os filhos, abrindo espaço para os homens que dispunham de maior tempo no campo além da força física exigida nas tarefas agrícolas, o que contribuiu para uma desigualdade mais acentuada.

Temos também o aspecto profissional no qual os homens tinham mais facilidade em aderir à vida política ao tempo em que as mulheres se limitavam à vida doméstica ou setor privado. Com o tempo, essa divisão foi ganhando um aspecto natural para o senso comum estabelecendo um padrão fixo nas sociedades. No decorrer dos anos, a luta das mulheres por uma igualdade ganhou espaço fazendo com que conseguissem o acesso às universidades e atuação profissional em diversas áreas ampliando seu espaço na vida pública.

Com base nesses aspectos históricos, temos uma idéia mais clara da diferença de gêneros atual: A cultura das sociedades ao longo dos séculos estabeleceu, com suas mudanças, papéis restritos (ou preferenciais) aos homens enquanto as mulheres se viam excluídas devido a limitações físicas e o cuidado com os filhos. Importante ressaltar que as limitações físicas acabaram por ter influencia no senso comum, na cultura das pessoas, mas não foram fatores exclusivos causadores das desigualdades como afirmava o Essencialismo. Sendo assim, as conseqüências que existem hoje, foram construídas desde tempos mais antigos da humanidade e deve ser analisada de modo mais profundo e crítico. Hoje essa desigualdade ainda existe, mas com muitas melhorias nesse aspecto devido a lutas e conquistas de movimentos organizados para essa causa. Mesmo assim, as mulheres ainda convivem com problemas (principalmente profissionais) com essa preferência ao gênero masculino que ainda é forte na cultura atual.

Tendo em vista esses argumentos, podemos tratar de questões como a remuneração de trabalho das mulheres que é mais baixa que a dos homens. Acusações de baixa remuneração por discriminação de gênero são constantes na esfera profissional e é um assunto recorrente e principal causa de lutas entre os movimentos feministas, principalmente. Temos ainda a questão doméstica no que diz respeito à divisão das funções que acabam atrapalhando o rendimento feminino no mercado de trabalho. Seja por questão cultural, formação familiar ou qualquer outro motivo, as mulheres têm uma carga doméstica muito grande em comparação com os homens, que dedicam maior parte de seu tempo à carreira profissional. Lidando com essa realidade, as mulheres geralmente tendem a trabalhar em setores informais e/ou com baixa remuneração tendo ainda que lidar com a jornada doméstica, tendo assim, uma jornada dupla de trabalho.


Além da desigualdade no aspecto profissional, as mulheres ainda se vêem vitimas do assédio sexual causado por essa diferença. Seja em casa ou no trabalho, por motivos diferentes em seu contexto, mas iguais em sua essência, constantemente chegam ao nosso conhecimento casos de abusos e estupros contra a mulher em suas áreas de atuação doméstica e profissional. Comumente se interpretam os homens agressores como pessoas com desvios mentais, mas nem sempre isso é verdade. Pesquisas e entrevistas com agressores mostram que muitas vezes, o homem que comete essa transgressão, goza de faculdades mentais sadias e por vezes arquitetam planos e situações para que consiga realizar o estupro ou assédio. A racionalidade utilizada na projeção dos atos violentos exclui a possibilidade de uma doença psicológica, doença essa, que amenizaria o aspecto criminoso dessas atitudes em sua maioria. Sabemos que a formação dessas pessoas desde sua infância, tem grande influencia nesses atos. Geralmente, constata-se que esses homens conviveram com uma família onde o pai era a figura dominante e com temperamento frio e indiferente em relação à sua esposa, ao tempo em que ela sempre apresentava uma posição de inferioridade. Violência doméstica presenciada pelos filhos, abuso sexual durante a infância, são fatores que levam muitas vezes a esse tipo de atitude. O homem sente a necessidade de ser dominador, ter o controle sobre a outra pessoa e, muitas vezes, acaba sendo inclinado a esse tipo de ato por não sentir empatia pelas mulheres por conta de suas revoltas ou traumas internos.

Além do estupro, o assédio sexual dentro do ambiente de trabalho, em sua maioria, gera grandes complicações na convivência e no desempenho profissional das mulheres. Geralmente baseado em relações de poder, chantagens, ameaças, todos esses motivos servem de base para o assédio. Retomamos mais uma vez ao aspecto cultural que leva o homem a se sentir em uma posição dominante com relação à mulher e que usa dessa condição para justificar suas atitudes abusivas. A lei brasileira estabelece como assédio os atos realizados por posições hierárquicas superiores basicamente. Mas é entendido que o assédio pode e ocorre de posições mais baixas aos níveis mais altos dentro de um ambiente de trabalho. A mudança da legislação e das políticas nos ambientes de trabalho que visem dar uma maior atenção e punição a esse tipo de atitude, também é uma das principais causas de lutas dos movimentos femininos em busca de uma igualdade de gênero.

Atualmente temos os movimentos em defesa das mulheres e da igualdade entre os gêneros de forma fortalecida e fruto de uma longa caminhada de militância que vende desde o século XIX. A luta pelo direito à educação, ao emprego e a participação nas eleições foram as causas primordiais dessa luta considerando a organização da sociedade até meados do século XX. A luta das mulheres enfrentou muitas criticas e perseguições ao longo da caminhada. No Brasil enfrentou o período de ditadura, tendo vários membros exilados pelo regime. A luta pelos direitos das mulheres atinge uma escala global, exigências contra o abuso sexual e o controle reprodutivo são outros pontos de foco desse movimento. Temos também o desejo pela democracia política e social abrangendo as desigualdades socioeconômicas, a questão urbana, ambiental, racial/étnica e o trabalho das mulheres tanto doméstico como profissional. Enfim, existe uma ânsia pela melhor atuação da mulher nos diversos segmentos e assuntos tratados na sociedade que ainda alimenta uma capacidade de decisão voltada aos homens.

Temos aí, algumas mudanças que vem ocorrendo com o passar dos anos frutos de uma luta incessante, se comparando com a condição passada das mulheres, as mudanças são extremamente positivas, mas ainda há muito que ser alcançado. Uma organização política forte é crucial para a relevância da mulher nessa empreitada, mostrando a força e a união que comumente é atribuída ao gênero masculino. E essa militância vem conseguindo cada vez mais espaço na sociedade e diminuindo essa discriminação cultural que temos com relação aos gêneros, afinal, se houve uma igualdade de gêneros nos milênios da pré historia, é no mínimo necessário que venha a existir essa igualdade, ainda mais aperfeiçoada, na dita sociedade moderna em que vivemos. 


18 de abr. de 2013

Recife, uma cidade contra o pedestre


CIDADE// Mobilidade urbana tem sido renegada pelos gestores




Com o crescimento desenfreado e o caos urbano das grandes cidades, a mobilidade urbana vem ganhando espaço nos noticiários. Dentre os diversos profissionais que se dedicam ao tema, a jornalista Tânia Passos se destaca. Com a reportagem “Sinal Fechado” venceu o prêmio “Urbano de Jornalismo”, da Rota Mídia Exterior. Setorista de mobilidade urbana do Diário de Pernambuco, Tânia atua há 23 anos no jornalismo.  Aproveitando que a comunicadora esteve no dia 18 de Abril na Barros Melo para uma palestra aos alunos do 3° período de jornalismo. A equipe do “Alô Liberdade” conversou com ela e perguntou sobre suas visões e perspectivas para o futuro da mobilidade urbana no Recife:



Alô Liberdade: Nas suas publicações no blog: “mobilidade urbana” você prefere utilizar um tom opinativo ou apenas expositivo dos fatos?

Tânia Passos: Faço sempre uma mistura de ambos, busco sempre relatar o que as autoridades e os especialistas da área dizem sobre determinado tema, mas também faço uma análise de seus argumentos. Às vezes, muitas respostas são sem sentido, por isso é preciso mais do que expor, analisar o que foi dito. Algumas assessorias, como por exemplo, a da CTTU, insistiam em fornecer respostas totalmente sem nexo para os meus questionamentos. Com o tempo, minhas análises passaram a ridicularizar involuntariamente suas respostas, pois apresentavam argumentos bem embasados. O jornalista de um veículo impresso não pode nunca se limitar a apenas relatar um fato, pois o jornal impresso permite que o profissional possa se aprofundar mais em um determinado tema, ao contrário do que acontece em outros veículos, entre eles a televisão.


Alô Liberdade: Tânia, os leitores do blog “mobilidade urbana” costumam comentar sobre seus textos através do fórum e opinar nas enquetes promovidas pelo blog. Isso influencia no seu trabalho, algum leitor já pautou você?

Tânia Passos: Sim, fico feliz pelo meu blog ser muito acessado e receber muitos comentários, acredito que ele seja, de todos os blogs dos setoristas do Diário de Pernambuco, o que recebe mais comentários. Tenho um leitor em especial, de nome “Raimundo”, que comenta sempre. Eu não o conheço, mas ele comenta em todas as minhas postagens. Acredito que ele seja alguém com formação técnica em arquitetura e urbanismo, já que seus comentários são sempre muito coerentes e bem embasados. A minha matéria sobre o “corredor leste-oeste” foi feita graças a uma informação fornecida por ele em um de seus comentários e checada por mim. Às vezes, eu apenas digo o seguinte nos comentários: “É como Raimundo disse” (risos).  




Alô Liberdade: Quais as principais ações necessárias para que o Recife possa ter no futuro uma melhor mobilidade urbana? E em quanto tempo isso seria possível?

Tânia Passos: Não há como precisar ao certo o tempo para termos um “trânsito dos sonhos”, mas é certo que algum tipo de ação mais eficaz precisa ser iniciada. Acredito que essa ação seria a criação de uma engenharia de tráfego. Ela seria capaz de prever possíveis situações de acidente e apontar soluções. Isso não existe em Recife e Olinda. Por isso, quando há um acidente tudo fica parado. Para que vocês possam ter ideia do problema, a cada 15 minutos de trânsito parado o tempo estipulado para que ele volte ao normal é de 3 horas. Em São Paulo, cidade onde existe o serviço de engenharia de tráfego, o município dispõe até de um serviço que lava a via em caso de acidente que derrame óleo ou algo semelhante, já que isso pode ocasionar um acidente. Além disso, é importante ressaltar o fato de que as câmeras de monitoramento das vias estão instaladas em locais incorretos, como por exemplo, a da Agamenon, onde a câmera está situada na área próxima ao viaduto do Torreão, no entanto o principal “gargalo” da via é em frente ao hospital da Restauração.  


         Alô Liberdade: Como você observa a interferência de setores privados, entre eles construtoras e grupos econômicos específicos, em obras que dizem respeito a um interesse coletivo, que é o da mobilidade urbana? Sobre isso, você é a favor ou contra projetos como o “Novo Recife” e os “viadutos da Agamenon”?

              
                        Tânia Passos: Sou contra os dois, isso por analisar os empreendimentos do ponto de vista da mobilidade. No que se refere ao “Novo Recife”, não concordo com a ausência de comunicação, prevista no projeto, da área com vias como a Av. Sul e a Av. Dantas Barreto. Deveriam ser abertas no mínimo vias transversais para escoar o trânsito da localidade. Sem falar em uma possível destinação da área para utilização pública, algo que o Recife demanda bem mais. No caso dos viadutos da Agamenon Magalhães, acredito que eles serão uma das maiores agressões praticadas contra o Recife. O pedestre não é levado em consideração pelo projeto dos viadutos, não há nele espaço para a circulação de pessoas. Caso os viadutos sejam realmente construídos, nós teremos que utilizar longas passarelas e elevadores para nos locomover. Essa é a continuação da política de privilegiamento do carro, a exemplo do que ocorreu na Av. Domingos Ferreira, que tem oito faixas e teve seu canteiro central encurtado, dificultando assim a travessia dos pedestres. Poderíamos ter na Agamenon, por exemplo, uma requalificação e utilização do canal como locomoção. Por mais que exista uma faixa exclusiva para ônibus na via, precisamos lembrar que há nela oito cruzamentos não sincronizados. O sincronizamento ajudaria, mas não seria capaz de resolver o problema. Acredito que o governo neste momento recuou pelo fato de esse ser um assunto delicado e da obra demandar um grande planejamento logístico, algo difícil de ser feito às vésperas de uma copa do mundo. Passado esse momento, acho que o governo voltará a investir na ideia, já que para eles é mais conveniente atender a determinados interesses privados, do que planejar e executar um projeto sério a longo prazo. 
               
                 
           Entenda mais: Mobilidade Urbana

                 Matéria: Marina Moura e Domingos Sávio.
                 Fotos: Marina Moura e Divulgação.

        

17 de abr. de 2013

“Lei Seca”, entenda a operação que salva vidas


             CIDADE// Lei conseguiu diminuir em mais de 40% os acidentes automobilísticos e tornar o trânsito mais seguro.




A operação “Lei Seca”, instituída como política governamental do estado de Pernambuco sob a coordenação da Secretaria Estadual de Saúde, tem como objetivo principal reduzir os acidentes de carro causados por bebidas alcoólicas. Acidentes vistos como epidemia no Brasil. A operação concentra-se em dois tipos de ações, a primeira é a educacional, realizada em bares, eventos, empresas, vias públicas, escolas e universidades, tendo como meta educar e conscientizar os condutores sobre o perigo de dirigir sobre efeito do álcool. Já a segunda, diz respeito à fiscalização e punição a quem infringir a lei. No dia 17 de Abril de 2013, o Tenente Coronel André Cavalcanti, coordenador da “Lei Seca” no estado de Pernambuco, esteve na Barros Melo para uma palestra educativa com alunos, professores e funcionários. Aproveitando o momento, a equipe do “Alô Liberdade” conversou com ele e fez algumas perguntas baseadas nas dúvidas comuns aos condutores:




Alô Liberdade: Quanto tempo o álcool permanece no sangue após o consumo e depois de quanto tempo o motorista poderá dirigir?

Ten. Cel. André Cavalcanti: Não há como precisar ao certo o tempo para que os efeitos do álcool terminem. Isso irá depender do metabolismo individual de cada pessoa e do tipo e quantidade de bebida ingerida, outros fatores também poderão interferir. Entre eles se o usuário de álcool bebeu e ingeriu comida ao mesmo tempo, o tipo de alimentação também pode interferir no exame.

Alô Liberdade: Qual a margem de erro da medição do etilômetro e quais as punições para quem é reprovado no teste do equipamento?


Ten. Cel. André Cavalcanti: O limite tolerável de ingestão de álcool é de 0,04% no ar alveolar (ar que sai dos pulmões), esse índice representa a margem de erro do equipamento. Caso algum condutor apresente um percentual que esteja entre 0,05% e 0,33%, ele será multado em R$ 1.915,00 e terá sua habilitação apreendida, pois esses percentuais representam a constatação de que o condutor bebeu e dirigiu. Podendo ele neste caso, desde que o carro encontre-se com a documentação em dia, chamar outro condutor não alcoolizado para guiar o veículo. Já se o motorista apresentar, ao realizar o teste, um índice de ingestão de álcool igual ou acima de 0,34%, ficará caracterizado crime de trânsito. Neste último caso, o condutor, além de receber as punições descritas anteriormente, será encaminhado para a delegacia, local onde o delegado de plantão irá analisar sua condição social e estipular uma fiança que seja de acordo.

Alô Liberdade: Qual a importância da ação educativa em empresas e universidades?

Ten. Cel. André Cavalcanti: A importância dessas ações educativas é utilizar pessoas que foram vítimas de trânsito para alertar os condutores. Boa parte de nossos educadores é vítima de suas próprias imprudências ou de imprudências alheias no trânsito. O compartilhamento de suas experiências com o trânsito acaba surtindo mais efeito no alerta aos condutores.


Alô Liberdade: Durante a madrugada e em datas comemorativas, o quantitativo de ônibus em circulação diminui. Caso o número de coletivos em circulação fosse maior, isso poderia auxiliar as pessoas a deixarem o carro em casa?

Ten. Cel. André Cavalcanti: Com certeza. A pouca oferta de ônibus, metrô e táxi interfere muito na volta para casa. Essa já é a outra parte que a gente costuma falar, que é a da contrapartida governamental. O governo precisa melhorar o transporte público.

 Alô Liberdade: Existe algum tipo de ação das autoridades para retirar de circulação os aplicativos de celulares e ferramentas de redes sociais que entregam os pontos de blitz?

Ten. Cel. André Cavalcanti: Segundo o Ministério Público de Pernambuco - MPPE, isso não é crime, é liberdade de expressão. Então, nós apelamos para o bom senso das pessoas, para que elas não entreguem os pontos de blitz. Até pelo fato de que elas e seus amigos um dia podem vir a ser vítimas do trânsito. Além disso, nós também costumamos modificar os pontos de blitz, para que eles não fiquem muito visados.

Alô Liberdade: Para você qual é a principal contribuição social da operação “Lei Seca”?

Ten. Cel. André Cavalcanti: Acredito que nosso maior mérito é contribuir para a educação das pessoas. Gosto muito de uma frase, da qual o autor é desconhecido, ela diz o seguinte: “A educação de uma população pode ser medida pela educação de seu trânsito”. Isso permite concluir que nossa sociedade é pouco educada e precisa melhorar seu relacionamento com o próximo.



Aluno: Fernando Flávio, 3º Período do curso de Direito.



Alô Liberdade: Você é a favor ou contra a “Lei Seca”?  Por qual motivo?

Fernando Flávio: Sou a favor, a lei é para educar as pessoas, isso pelo alto índice de acidentes que nós temos.

Alô Liberdade: Você conhece alguém que já foi punido pela blitz? Que estratégias você costuma usar quando quer sair e beber?

Fernando Flávio: Não, mas conheço amigos que bebem e dirigem, embora eu ache isso errado. Eu não tenho dificuldades para sair, pois não gosto mais de bebidas alcoólicas. Parei de beber quando comecei a dirigir. 




Matéria : Marina Moura e Domingos Sávio*
*Participação Especial.
Fotos: Marina Moura.






19 de mar. de 2013

Cultura Veg


Por: Raíza Hanna
Imagem: Divulgação



Amanhã, na Livraria Cultura, acontecerá uma palestra sobre Cultura Veg, com Marcelo Pelizzoli.
Pra quem é vega, quem é vegetariano, ou apenas quem tem interesse sobre o assunto. 




Página do evento no facebook: http://www.facebook.com/events/433624550053769/?notif_t=plan_user_joined

4 de mar. de 2013

Hamas e pedofilia juntos?



 Por: Marina Moura
Fotografia:Divulgação.  



Antes de pesquisar sobre o fato eu estava com uma raiva mortal sobre esse assunto, como assim crianças a partir de quatro anos de idade se casando? Que tipo de cultura seria essa?
Sinceramente eu não sou antiética para chegar aqui e falar horrores sobre uma coisa que não foi comprovado, que não foi divulgado em nenhum veiculo de confiança. Porem não custa nada deixar um alerta, pois também não sabemos qual lado da historia seria verdadeira.








Antes de tudo: Conheça um pouco sobre Hamas:
O Hamas cujo significado é "Movimento de Resistência Islâmica" é uma organização paramilitar e partido político sunita palestino que mantém a maioria dos assentos no conselho legislativo da Autoridade Nacional Palestina.
O Hamas foi criado em 1987 pelos Xeques Ahmed Yassin, Abdel Aziz AL-Rantissi e Mohammad Taha da ala palestina da Irmandade Islâmica no começo da Primeira Intifada. Notório pelos seus ataques suicidas e outros ataques sobre civis e as forças armadas israelenses, o Hamas também mantém extensivos programas sociais e ganhou popularidade na sociedade palestina ao estabelecer hospitais, escolas, bibliotecas e outros serviços através da Cisjordânia e Faixa de Gaza.
(Saiba mais em:  wikipedia)




Parte 1.  Hamas e a Pedofilia andam juntos (Casamentos de meninas a partir dos quatro anos de idade com noivos de 25 a 30 anos)

O evento de gala infernal ocorreu em Gaza. O Hamas foi o patrocinador de um casamento em massa para 450 casais. A maioria dos noivos estava na casa dos 25 aos 30 anos; a maioria das noivas tinha menos de dez anos.Mahmud Zahar, um dos líderes do Hamas, falou aos noivos : "Nós estamos felizes em dizer a América que vocês não podem nos negar alegria e felicidade". Cada  um dos noivos recebeu 500 dólares de presente do Hamas. As meninas, garotas na pré-puberdade, que estavam vestidas de branco e adornadas com maquiagem excessiva, receberam buquês de noiva.

“Nós estamos oferecendo este casamento como um presente para o nosso povo que segue firme diante do cerco e da guerra”. Disse Ibrahim Salaf.
Uma pesquisa feita em 2009 pelo Centro Internacional Para Pesquisas Sobre Mulheres apontou que até aquele ano, existiam 51 milhores de noivas infantis vivendo no planeta terra e quase todas em países muçulmanos Quase 30% destas pequenas noivas apanham regularmente e são molestadas por seus maridos no Egito; mais de 26% sofrem abuso similar na Jordânia.


A prática da pedofilia teria base e apoio do islã, pelo menos a sua leitura mais extrema e radical. O livro Sahih Bukhari (além do Corão, outra das fontes de grupos como o Hamas) em seu quinto capítulo traz que Aisha, uma das esposas de Maomé teria seis anos quando se casou com ele e as primeiras relações íntimas aos nove. O período de espera não teria sido por conta da pouca idade da menina, mas de uma doença que ela tinha na época. Em compensação, Maomé teria sido generoso com a menina: permitiu que ela levasse todos os seus brinquedos e bonecas para sua tenda.

Curiosidades: O mais conhecido de todos os clérigos muçulmanos deste século, o Aiatóla Komeini, defendeu em discursos horripilantes a prática da pedofilia:

 “Um homem pode obter prazer sexual de uma criança tão jovem quanto um bebê. Entretanto, ele não pode penetrar; sodomizar a criança não tem problema. Se um homem penetrar e machucar a criança, então ele será responsável pelo seu sustento o resto da vida. A garota, entretanto, não fica sendo contadas entre suas quatro esposas permanentes. O homem não poderá também se casar com a irmã da garota... É melhor para uma garota casar neste período, quando ela vai começar a menstruar, para que isso ocorra na casa do seu marido e não na casa do seu pai. Todo pai que casar sua filha tão jovem terá assegurado um lugar permanente no céu.”.

Curiosidades²: Todo ano, três milhões de garotas muçulmanas são submetidas a mutilações genitais, de acordo com a UNICEF. A prática ainda não foi proibida em muitos lugares da América. 


Minha gente, Nojento, Repugnante, e muito, muito triste. Não me venham com o tipo de discurso de “relativista cultural”, por favor, ok? Que aqui esse tipo de conversa não rola.


Saiba mais: ceticismo.net




Parte 2. Hamas nega apoio a casamentos infantis em massa.


O Hamas veementemente negou os rumores da Internet e as matérias publicadas em blogs que denunciam que o grupo Islâmico Palestino realizou uma cerimônia em massa nas quais eram celebrados os casamentos de crianças.
A agência WND recebeu um grande volume de e-mails solicitando à organização de notícias que investigasse o assunto.
O Hamas realmente realizou uma cerimônia em massa na qual aproximadamente mil palestinos celebraram seus casamentos. Muitas das famílias envolvidas disseram que não tinham condições para realizar sua própria festa. Cada noivo recebeu um presente de aproximadamente US$ 500,00 do HAMS, que disse que seus trabalhadores também contribuíram com 5% da sua remuneração mensal para contribuir com o presente de casamento.
Ahmed Jarbour, o oficial do Hamas em Gaza responsável pela realização da atividade, disse à WND que a garota mais nova a se casar na cerimônia tinha 16 anos. Disse também que a maioria das noivas eram maiores de 18 anos de idade.
Jarbour, assim como dois outros oficiais de alto escalão contatados pela WND, se sentiu ofendido pela sugestão de que o Hamas estava financiando o casamento de crianças.
Ele explicou que as menores vistas faziam parte da família do noivo ou da noiva. Ele disse que se trata de uma tradição as menores se vestirem de vestidos semelhantes aos das noivas. Disse que as meninas que aparecem no vídeo descendo um corredor com os noivos são membros da família do noivo ou da noiva.
Em múltiplas ligações realizadas para os palestinos que participaram do casamento os mesmos afirmaram que as garotinhas não eram elas mesmas as noivas.
O Hamas, entretanto, celebrou o casamento como uma vitória.
“Nós estamos dizendo ao mundo e à América que eles não podem nos negar a alegria e a felicidade”, Mahmoud al-Zahar, Chefe do Hamas em Gaza, disse aos noivos no evento.”

Saiba mais: quatrocantos.com

Como eu tinha dito antes, nada vindo de fontes seguras. Porém se as crianças estavam lá para serem apenas damas de honra, por que diabos, não colocaram as fotos das noivas também? De todos juntos? Acordem que não somos bobos.


20 de out. de 2012

A nova febre: Hipster

Fotografia:Divulgação.  



Há algum tempo eu venho observando o comportamento das pessoas ao meu redor, onde estudo para ser mais exata. Por ser uma faculdade com a maioria dos cursos de comunicação, a galera tem um estilo um pouco incomum, não incomum de feio, mas diferente das outras faculdades onde existe uma mesclagem de cursos. Sabe aquela pessoa que você acha estranho? E não, eu não estou falando do seu amigo brega! Mas daquela pessoa que se acha "alternativa". Digo estranho como algo que você não está acostumado a ver andando por ai sempre, seja por uma peça de roupa ou uma combinação diferente do senso comum. É provável que o que está na moda hoje tenha sido bastante usado a pelo menos uns dois anos atrás pelos Hipsters. Isso mesmo esse estilo não é algo que nasceu agora.Existe desde 1940, o termo Hipster veio na era do Jazz, onde a palavra Hip era um adjetivo para descrever os fãs da tendência na época. Os Hipsters são aquelas pessoas que usam camisetas com filmes e bandas que normalmente você nunca ouviu falar na vida, são pessoas pseudo intelectuais,a  grande verdade é que quanto mais você gosta de coisa velha "vintage"(HAHA) mais próximo você está de se tornar um Hipster.


Bônus sobre a origem do termo: Se você já leu On The Road, de Jack Kerouac, deve ter pego em algumas partes umas alusões a hipsters. Nesse marco da literatura americana, e principal obra dos beatniks, Sal Paradise (codinome do próprio Kerouac) comenta que vê hipsters em um ou outro ponto do livro. Bom, ele realmente viu hipsters – afinal a obra se passa na época onde os reais seres dessa tribo ainda viviam, mas ele vê o final de uma era hipsteriana e pedaços de seres espalhados por todo território dos EUA. Kerouac cita no livro quase como mendigos, que são sujos e bêbados, porem com fortes conhecimentos na cultura e curtem um bom jazz. Então o que podemos concluir é que hipsters são pessoas que curtem hot jazz, a vida noturna, álcool, drogas, dança e estão sempre por dentro de discussões filosóficas sobre a vida. Eles leem mais e fazem parte de uma vanguarda fashion da época. (ou não,hehe) 



Os brechós tem muito que agradecer aos hipsters, pois eles trouxeram uma força ao ítens vintage, esse sentimento de que tudo que é velho é melhor, por isso uma galera valoriza tanto o óculos que era da avó (eu adoro,hehe) e foram encontrados no fundo de uma gaveta de uma cômoda feita com madeira da época que era liberado derrubar tudo que era árvore, mas em compensação a natureza reagradece agora, pois a alternativa de comprar em brechós, é um jeito massa de reciclar. (mas isso é outro assunto) 


Entenda mais sobre:

Algumas musicas do gosto Hipster:

Paginas no Facebook:

Mais fotos:





31 de jul. de 2012

Inspiração: Carter Goodrich

Por: Vinícius Milfont
Imagens: Divulgação



Conheçam as belas ilustrações e concept art de Carter Goodrich que já fez trabalhos para a DreamWorks e para Pixar, que vão desde  “Finding Nemo” (Procurando Nemo), “Despicable me” (Meu Malvado Favorito) e um que está atualmente nos Cinemas “Brave” (Valente ), entre outros.

Abaixo alguns de seus trabalhos:




Ratatouille - Pixar

Procurando Nemo - Disney e Pixar

Meu Malvado Favorito -  Universal Studios

Meu Malvado Favorito -  Universal Studios


Valente - Pixar

Valente - Pixar

Valente - Pixar


 Para ver mais visite: http://cartergoodrich.com


27 de jul. de 2012

Cambalache

Por:Rodrigo Passos *
*Rodrigo Passos é  formado em Jornalismo e trabalha como repórter no Jornal Folha de Pernambuco.

Para Marshall McLuhan “o homem cria a máquina e a máquina recria o homem”, e é assim que a humanidade caminha a passos largos. A inércia está intrínseca ao medo e, para cada ameaça criada, surge um paliativo inutilmente.
Há alguns anos, em tempos de guerras mundiais, dois ideais se confrontavam, que eu trataria como pseudos caminhos distintos. Desse modo, tínhamos que escolher algum lado, mas não por opção e sim, pela pressão de um botão send de uma bomba atômica. Será que a melhor escolha seria o lado azul da força? Para esta cor, estrelas. Como um céu grandioso, sedutor como uma noite de luar. 
O fato é que o celeste, ainda que se valendo do discurso de mentor da paz - em seu modo destruição - venceu. Hoje, pouco a pouco, como uma tortura nos nossos áureos tempos de ditadura militar, vai nos matando. Se ontem o faziam com frieza, hoje nos vão enchendo de prazer. Nos proporcionam as baforadas de acalanto do nosso cigarro e entopem nossas artérias com seus sanduíches químicos. Tudo isso são monopólios dos camaradas.
A estratégia do novo milênio é a matança parcelada (com direito a juros e correção). Como se os poderosos, no alto dos arranha-céus, rissem nos seus escritórios cheirando a couro de animais em extinção da nossa destruição. Nossa: minha, sua e dele. 
Ao passo que se cria se destrói. O homem cria movido por suas necessidades ou, simplesmente, por mais um prazer, mas nunca sem pensar nas consequências. Isso se torna mais evidente quando sua cria gera lucros. Não se há mais laços estreitos entre os homens como antigamente. Hoje, nós nos tornamos uma estatística. Somos algum ponto no ibope, que eles bestificaram, ou alguém que ainda luta a favor da sua consciência humana. Consciência essa que provavelmente não concorda com a grande obra da humanidade, a sua extinção.
É preciso ter forças, indispensável que a sua luta seja maior do que a realidade de prazeres, criadas por eles mesmos. Do contrário, rezemos, para que na pior das hipóteses, estejamos em alguma cadeira confortável pela galáxia, assistindo em nossas telas LEDs a destruição da terra, ao som de Cambalache, de Carlos Gardel, tomando um pouco de uísque e fumando o ultimo dos nossos cigarros.

26 de jul. de 2012

Circuito De surf Pernambucano



Fotografia:Divulgação.  



Essa dica vai para os amantes do surf, skate ,Kitesurf, Natação, Stand Up Padle e Remo, começa hoje na praia de Olinda com a abertura e suas apresentações amanhã dia 27/07.
O circuito está na sua 3ª etapa, a ser realizado na praia de Zé-Pequeno(ao lado da praça do antigo quartel ou como ela é chamada hoje em dia Oyama skate park,em homenagem a Oyama que frequentava muito aquele local porem ele não está mais entre nós) o evento irá contar com a ajuda e o patrocínio das lojas Cyclone e Bali.
Infelizmente as inscrições para participação já foram encerradas, então para quem não sabia, vamos nessa sentar na orla, tomando uma águinha de coco, ou aquela boa e geladinha cervejinha e assistir essa maratona de esportes.

Horários para o Surf :

Sexta-feira dia 27 de julho:
Semi-final das  categorias iniciante, feminino,longboard,mirim,JR.
1º Round da Open.
Sábado dia 28 de julho:
1º Round Master e Semi-Final.
1º Round Senior e Semi-Final.
Semi-final Open
Final Feminino,Petiz e Longboard.
Domingo Dia 29 de julho
1° Round,2°Round, Semi-Final e Final da Profissional.

(começa sempre ás nove horas da manhã)


Horários para o Skate:

Sábado dia 28 de Julho:
Ás 14hr da tarde no Oyama Skate parque( antigo quartel)

Domingo dia 29 de Julho:
Entrega da premiação ás 14hr.


Horários do Remo e outros:

Sábado dia 28 de julho: com o início as 14hr na praia de Casa caiada.( em frente ao Oyama Skate parque)



O evento está sendo organizado pela Federação Pernambucana de Remo, e também contara com a ajuda do Clube Náutico Capibaribe e do Sport Club do Recife. 



Então galera vamos nessa, tem para todos os gostos. O Alô vai está lá! a gente se vê.